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A síndrome de burnout em professores

  • Cristiane Braga
  • 9 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura


O texto de hoje foi preparado especialmente para os professores. No entanto, peço aos leitores que não forem professores que leiam com zelo, pois é dever de todos nós irmos em busca de uma educação de qualidade. E a saúde do professor, está incluída aí.

Você professor, já teve a sensação de derrota, impotência, sem nenhuma vontade de ir para o local de trabalho. Além de ter pesadelos devido à grande pressão psicológica?

Atenção! Você pode estar desenvolvendo a síndrome de burnout. Uma doença psicológica, que que surge no ambiente de trabalho.

É importante deixar claro que a síndrome de burnout não atinge apenas professores. Mas, qualquer profissional que, no exercício de funções laborais, seja levado a altos níveis de estresse, de forma constante, em sua rotina de trabalho. Então se você, mesmo não sendo professor, se encontrou em algumas das características acima, fique atento!

A palavra Burnout em inglês significa queimado por completo. É como se a luz de uma vela fosse se desgastando até apagar.

Salas de aula lotadas, carga horária de trabalho extenuante, pouco ou nenhum apoio dos responsáveis na educação dos alunos, sem período para planejamento dentro do horário de trabalho, violência dentro da escola, pressão por resultados...

Hilda Levato, coordenadora do núcleo de educação e saúde do trabalho/UFF, aponta que a impotência que o professor sente em não poder agir diante das exigências vindas do ambiente externo, como por exemplo, imposição de bater metas quantitativas para um trabalho que deve ser desenvolvido diariamente, construído em conjunto com o aluno, de forma qualitativa e a determinação de chegar a resultados que estão a quem da realidade do ambiente escolar podem ser responsáveis pelo quadro assustador e cada vez maior de casos de burnout.

Estudos feitos pela Universidade de Brasília, apontam que 48% dos professores apresentam pelo menos um dos sintomas da Síndrome de burnout. Ou seja, praticamente a metade dos professores sofrem com sintomas de desgaste físico e emocional.

Segundo estudos científicos, o aparecimento da síndrome de burnout é uma combinação de fatores individuais, organizacionais e sociais. Com relação aos fatores individuais estariam a personalidade do sujeito. Professores muito idealistas, que buscam intensamente resultados, que não podem suprir suas expectativas, tendem a frustrar-se mais quando não alcançam suas metas pessoais. Quanto aos fatores organizacionais podemos citar a própria forma de estrutura do ambiente de trabalho do professor e todas as ferramentas que ele tem ao seu dispor. E fatores sociais são as relações interpessoais envolvidas nesse processo. Como sabemos hoje, cada vez mais deficitárias.

A síndrome de burnout acontece, a princípio, de forma silenciosa. E o profissional tende a resistir, a negar que possa estar sofrendo. Mas, chega um momento que é preciso agir. Pois, se não é possível mudar os fatores organizacionais e sociais que influenciam o aparecimento da doença, o professor pode e deve se cuidar, para que o quadro não avance para depressão, ansiedade, transtorno de pânico...

Professor, converse com seus amigos de trabalho e com seu chefe sobre o que está errado. Não fique sozinho. Tente identificar a fonte do problema. Faça atividades físicas. Tenha um hobbie. Procure equilíbrio. Não deixe de tirar férias. Procure outra atividade que lhe traga prazer. Ao sair do trabalho se desligue dele. Não realize atividades do trabalho em casa. (Ah, mas eu tenho que fazer o planejamento! Preciso corrigir provas!) Se você tem o hábito diário de se preocupar com atividades do trabalho em casa, cuidado! Sua bomba pode estar prestes a explodir!

Hoje, os professores adoecem cada vez mais. E o que é mais preocupante é que não há políticas públicas que buscam solucionar esse problema.

A sociedade ainda não consegue perceber que se a saúde do professor estiver ameaçada é a educação como um todo que está seriamente comprometida.


 
 
 

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